9 de abril de 2012
A análise prévia do Ministério do Meio Ambiente, feita com base em relatos de agentes, é a de que a devastação pode ter relação com a percepção de alguns desmatadores de que o Código Florestal, em votação no Congresso, irá anistiá-los.
- Não temos aumento do desmatamento absoluto, temos um pico no Mato Grosso, em fevereiro. Tem tendência de redução, em termos reais - afirmou ontem a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Outro dado levantado pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), usado pelo Inpe, foi o aumento da devastação em Roraima: 363% naquela região. Apesar de Roraima ter um percentual elevado, proporcionalmente, a área atingida no estado de Mato Grosso é dez vezes maior.
- Há várias indicações no caso de Roraima. Uma delas é a migração da atividade madeireira do Pará para Roraima. Há associação também que pode ser de migração e atividades econômicas que levem a desmatamentos ilegais. Ainda não sabemos quanto disso é ilegal. É obvio que está acontecendo algum fenômeno, e estamos observando - disse a ministra.
Segundo a ministra, há relatos de que os desmatadores acreditavam em maior anistia com a lei ou ainda que o Ibama não teria poder de fiscalização e de aplicar multas:
- Algumas colocações foram feitas por pessoas na área, não sabemos se é verdade, mas sinalizam que ainda tem gente que está desmatando acreditando que pode ser anistiado - um debate ligado ao Código Florestal e à lei estadual - disse a ministra, refutando o argumento de que o Ibama teria perdido o poder de autuação.
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